Uma pactuação entre governo, municípios, entidades, movimentos sociais e sociedade civil para planejar o Estado que teremos em 2050. Este é o princípio da Plataforma Estratégica de Desenvolvimento de Longo Prazo – Ceará 2050, lançada na manhã desta segunda-feira (2), no Centro de Eventos do Ceará. “O Brasil perdeu a cultura de planejar a médio e longo prazo. A ideia do Ceará 2050 é recuperar essa rotina de discutir e debater as ações para a nossa sociedade. Pensar qual o Ceará que nós queremos para o futuro, independentemente de governo. Este é um projeto de Estado. Ele precisa ser discutido com todos. Vamos envolver todos os setores, produtivos, sociais e políticos”, afirmou o governador Camilo Santana.
Cerca de quatro mil pessoas, entre gestores estaduais, municipais, representantes do setor produtivo, do Judiciário, do Legislativo, das universidades e do terceiro setor, além de servidores e jovens de todo o Estado, participaram do evento de lançamento da plataforma que pretende discutir os próximos 30 anos numa perspectiva de promover o desenvolvimento econômico, reduzir as desigualdades e aprimorar os serviços essenciais para a população, como saúde, educação, abastecimento de água, segurança pública, geração de emprego e renda.
O Ceará 2050 terá coordenação da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da equipe técnica da Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag). Ao apresentar o projeto, Camilo Santana destacou a importância de a gestão pública evoluir na construção de políticas e ações fortes em planejamento, para que se possa garantir ao longo de anos a crescente em todas as áreas necessárias para melhor qualidade de vida da população.
O governador explicou também que a temática “Juntos pensando o futuro” – utilizada como mote do projeto – reforça a necessidade de participação mais ampla e colaborativa da sociedade na construção de um grande legado para as próximas gerações de cearenses. A partir deste lançamento, a intenção do Governo do Ceará é estender o debate sobre as principais ações do Estado a todos os cidadãos cearenses. “Não há perspectiva de futuro se não tiver a participação das pessoas. Isso é o mais importante. É preciso que todos os cearenses possam contribuir e colaborar para construir as diretrizes de um Estado mais justo, que gere oportunidades e que mantenha o desenvolvimento em todos os setores”, disse.
Nos próximos 15 meses, haverá discussão democrática com todos os atores sociais para pensar o Ceará do futuro. Serão lançadas bases de uma nova plataforma de desenvolvimento para o Estado, vinculada à gestão pública eficiente, à sustentabilidade ambiental, ao combate à pobreza e ao compromisso com a economia do conhecimento. A população cearense receberá estímulo para participar da construção do Ceará 2050 por meio de consultas públicas que serão realizadas nas 14 microrregiões do Estado. No fim, serão consolidadas análises, com objetivos e metas de curto, médio e longo prazo traçados, dentro de uma “carteira de projetos estratégicos”.