Como é de costume na política brasileira, cenários locais acabam tentando reproduzir o que ocorre no centro do Poder, em Brasília. Se no Ceará não for diferente, a mudança será intensa: até bem pouco tempo uma das mais influentes vozes cearenses no Planalto, o grupo de Cid e Ciro Gomes (PDT) passa hoje ao contato próximo do zero com a Presidência. Historicamente apartado com o PMDB paulista, o grupo dos Ferreira Gomes vê também seu maior opositor no Estado, Eunício Oliveira (PMDB), se tornar um dos principais interlocutores do governo Michel Temer (PMDB).
Entre aliados de Cid e Ciro, tanto o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), quanto o governador Camilo Santana (PT), terão relação conturbada com o novo presidente. Ambos apostam, no entanto, na institucionalidade para evitar prejuízos e maiores problemas aos governos. Outro nome que ganha peso no cenário nacional é o do senador Tasso Jereissati (PSDB), aliado de Eunício no Estado. Antes um dos maiores líderes do governo federal, José Guimarães (PT) tentará agora reconstruir prestígio em polo oposto, dessa vez na oposição.